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Histórico

por mateus publicado 31/10/2017 13h23, última modificação 31/10/2017 13h23

Em 17 de novembro de 1955, os farmacêuticos paraibanos constituíram a Associação Farmacêutica da Paraíba em cujos estatutos constava como uma das finalidades a criação da Faculdade de Farmácia da Paraíba, tendo sua instalação ocorrida em 1 de maio de 1956


A criação do Curso de Farmácia, devido aos altos custos de instalação de laboratórios, não foi tarefa fácil. Credita-se o êxito ao idealismo de jovens Farmacêuticos paraibanos, egressos de outras universidades brasileiras, que visavam formar neste Estado um curso universitário para formação de profissionais na área do medicamento.


A Faculdade de Farmácia foi encampada pelo Governo do Estado da Paraíba em 29 de abril de 1960 e incorporada à Universidade Federal da Paraíba pelo Decreto Federal nº 3835, de 13 de dezembro do mesmo ano.


Nos anos 50, várias escolas já haviam incorporado o ensino das análises clínicas e introduzido, em menor escala, conteúdos relativos à tecnologia industrial de medicamentos e de alimentos, aprofundando assim o processo de diversificação do ensino farmacêutico, esboçado desde os anos trinta. Essa diversificação, dirigida predominantemente para as análises clínicas, se generalizou com a edição, em 1963, do primeiro currículo mínimo. 


Os cursos passaram, então, a enfatizar e a promover o desenvolvimento do ensino das análises clínicas e a tratar a temática do medicamento na atenção à saúde como uma área de interesse "menor", periférica, tendência do modelo adotado em 1970, pelas próprias condições da época.


O modelo adotado em 1970, visto como projeto educacional pensado e implantado nos marcos políticos-ideológicos do regime militar, em sua fase mais repressiva, foi presidido por uma concepção tecnicista da educação superior que, dissociou o técnico do cidadão, privilegiando a formação do primeiro.


No caso da educação farmacêutica, essa visão procurou reduzi-la à sua dimensão estritamente técnica, da tecnologia como um fim em si mesma, e não a serviço da saúde, conduzindo ao obscurecimento da dimensão humanista e social dessa educação E, por esse caminho, acabou por distanciá-la da realidade social e política do país.


A formação do profissional farmacêutico teve seu currículo mínimo aprovado pelo Conselho Federal de Educação em 1969 e desde então, nenhuma mudança significativa foi efetivada. Vale ressaltar que até 2002, apenas algumas escolas isoladas fizeram pequenas adaptações, tentando adequar à realidade daquele momento. Mesmo assim, sem acompanhar a evolução científica e tecnológica, ficando este profissional, à margem destes processos evolutivos, bem como do seu papel social enquanto profissional da saúde.


Até 1980 o curso de Farmácia da UFPB teve seu processo curricular normatizado pela Resolução 8/76 do CONSEPE, e formatado em estruturas curriculares integradas, que na prática se constituíam num conjunto de disciplinas que tinham pouca ou nenhuma integração a não ser uma boa disposição de pré-requisitos. Era formatado para ser aplicado em três anos e meio, com uma excessiva carga horária semanal de sala de aula.


A estrutura cêntrica implantada na década de 70, demandava o envolvimento de pelo menos 14 Departamentos, de três centros acadêmicos da Universidade; o que tornava e torna a interação de conhecimentos uma utopia no processo de formação.


Em 1984, a Portaria 01/84 da Pró-Reitoria de Graduação promoveu um rearranjo curricular, acabando com as unidades curriculares, mas mantendo a mesma postura isolada, desconectada da necessidade de formação profissional, muito fortemente centrada no conhecimento tecnológico, desconhecendo um diálogo dos conteúdos e sua materialização numa prática farmacêutica voltada às necessidades do paciente, e onde o farmacêutico seja entendido como profissional de saúde.


Em 1984 a estrutura prevê um curso de 3045 horas para a habilitação I – Farmacêutico, 1470 horas para a habilitação II- Farmacêutico Industrial e 1410 horas para formação do Farmacêutico bioquímico- Habilitação III. 


Com a publicação das Novas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Farmácia (Resolução CNE/CES 02 de 19/02/2002), surgiu a necessidade de realizar mudanças estruturais e pedagógicas, visando à melhoria do profissional a ser formado, envolvendo uma reformulação curricular em consonância com normas emanadas do CNE/CES e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nº 9394/96, bem como com a Resolução 34/2004 do CONSEPE/UFPB.


Em 31 de agosto de 2007 o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPB, através da Resolução 49/2007, aprova o Projeto Político Pedagógico do Curso de Graduação em Farmácia; projeto de formação generalista e em total acordo com as Diretrizes acima descritas.